terça-feira, 14 de julho de 2009

ALUNOS ESPECIAIS X INTERVENÇÕES

Entre os dilemas vivenciado em período de estágio, podemos citar a presença dos alunos especiais como algo que mais nos possibilitou a reflexão. Pois inseri-los em nossas intervenções tornou-se um forte desafio, envolvendo questões metodológicas para o desenvolvimento proposto dos conteúdos e leituras incessantes neste período para obtermos informações a cerca dos temas TDAH, Retardo Menta Moderado e Baixa Visão.
Porém a falta de formação nos causou sérios problemas, pois devido a questões curriculares do curso de Pedagogia na UESB Campus Jequié-Ba, apenas oferecer a disciplina Educação Especial no VIII semestre, confessamos que perdemos muito tempo em entender o real papel da educação especial, ou seja, o que a escola precisa de fato possibilitar as questões que envolve a Deficiência Intelectual, que talvés se fossemos oferecido essa matéria em períodos anteriores, nos permitiria melhores esclarecimentos.
Assim a Constituição Federal rege Igualdade de condições de acesso e permanência na escola (art. 206, inciso I). Acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada um (art.208, V) e que toda escola deve atender aos princípios constitucionais, não podendo excluir nenhuma pessoa em razão de sua origem, raça, sexo, cor, idade ou deficiência.
Devido a esses fatos, compreender que a permanência e a socialização dessas crianças em ambiente escolar é importante, mas no entanto, não oferecer apenas isso aos mesmos e garantir-lhe possibilidades de autonomia, independência e principalmente aprendizado, faz parte do contexto metodológico pedagógico, que necessita ser oferecido em classe por parte dos docentes e das escolas de forma geral. A escola regular nesses casos não pode anular-se, ela possui responsabilidades e não deve permitir que o atendimento educacional especializado a substitua, este por sua vez, deve sim ser um suporte a mesma.
O papel do atendimento educacional especializado é o de desenvolver o cognitivo, o motor e o afetivo dos seus alunos com déficit, já a escola precisa promover além de todos esse fatores, o saber cientifico também a todos indivíduos independente da fase e das dificuldades de entendimento que se encontra, ressaltando suas competências e habilidades de cada aluno assistido.
Nessa lógica, entender o que é déficit intelectual, quais as dificuldades e possibilidades de entendimento que cada deficiência citada no primeiro paragrafo possui, foram questões primordiais para alguns pontos da reformulação das nossas intervenções do projeto almejando dessa forma causar efeito, despertar para o novo a todos presentes.
A utilização de jogos como dominó, baralho, jogo de memória, bingo, leitura de imagens, pinturas, artes diversas, aumento do tamanho da letra impressa nas atividades para o aluno com Baixa Visão, tudo isto condensado a conteúdos escolares como leitura, escrita, interpretação de textos, adição, subtração, sequência lógica dos números e outros, foram abordados em aula tendo como principal objetivo de prender a atenção dos discente e dá conta de suas necessecidades, chamamos atenção para estas simples mudanças de métodos, saindo do processo tradicional livro, caderno quadro e giz, não só ajudou os discente com déficit intelectual como aos demais presentes em toda turma também.

Um comentário:

  1. Oi Jamille,

    Veja que na sua reflexão as questões curriculares do nosso curso afloram como muita força. O que vc pensou de início que fosse indisciplina na sua sala, era na verdade uma questão de TDH, que vocês só viram no final do curso, enquanto estavam no estágio. Veja como essa falta de sintonia atrapalha um trabalho mais sintonizado.Legal vc ter detectado e feito intervenções pontuais e lúdicas.

    ResponderExcluir